terça-feira, 26 de julho de 2011

Só pra te contar

Onde é que tá você que tanta falta faz por aqui
por onde você se perdeu, ou ta ganhando a vida por ai
e o outono que já passou e o frio do inverno que chegou
e você não não veio pra me dizer das coisas bonitas do amor
Pode ser bobagem minha mas é saudade que bateu
saudade das tuas bobagens da literatura que um dia tanto amei
O livro de cabeceira, o livro de cabeceira
ainda é o seu...ainda é o seu
Torço pro vento carregar
a sua vida pra onde ela mereça estar
e ser feliz
e poder sorrir
forças pra lutar sem querer fugir
QUeria tanto te contar
como estão lindos os dias por aqui
As folhas que caem com o vento
a calmaria do sorrir do sol
a noite mansa que chega fria
ao fim do dia, e no fim tudo recomeçar

sexta-feira, 1 de julho de 2011

AMOR DE PAPELÃO

Um dia quero q você possa sentir
o amor que eu senti
e que hoje compartilho com a solidão

Tão juvenil e já foi encaixotado no papelão
Com os cristais da cozinha e as músicas de salão
Com os cristais da cozinha e as músicas de salão

A poeira ainda nem caiu
você caiu e o amor chorou
eu chorei e você chorou
se arrependeu do que sobrou
O amor e a saudade
de mãos dadas pela cidade
?cade você, sua mão partiu
E nem se quer se despidiu?
de mim...

segunda-feira, 27 de junho de 2011

UM PUCO MAIS DE UM MÊS



Baby,
As folhas não são tão verdes quanto teu esmalte
Nem o brilho das estrelas brilham mais que teus olhos
...nem seu ultimo adeus é tão belo quanto o que ainda dirá
Nem o dia é tão lento quanto seu ultimo domingo

Baby,
nenhum gozo é mais prazeroso quanto seu gemido
o amanhecer é fosco perto do nosso descontrole na calçada
nenhum lar é mais gostoso que o aconchego de teus braços
Nenhuma distância é mais poetica que a saudade que mata

Meu amor
acate ao menos meu ultimo pedido
Me deixa viver com essa felicidade que conheci
de um pouco mais de um mês que me valeu uma vida

Não quero mais palavras sutis sobre o mesmo papel
De prantos ao incenso 7 ervas
querendo tanto quanto mais uma dose daquele porre
que me embriagava do céu sem pressa

Baby,
Tudo parece tão escuro quanto os olhos fechados
E a angustia trilha a sonoridade desse desfecho
MAs o sorrir foi tão lindo quanto o que sinto
E as lagrimas tão cortantes que sangram a alma sem dó

Baby,
Te proteger é como proteger minha vida
Então desculpe-me sobre minhas futuras mentiras
Já que você não me vê posso preservar seu dia
Só pra saber que você pode sorrir e ser feliz um dia.

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Acho que essa foi a maior dor que ja coloquei em um papel...

terça-feira, 7 de junho de 2011

Vem pra cá II

Bom sinal
hoje tem estrelas no céu
depois da chuva e poeira nos olhos
Você resolveu aceitar meus elogios
leve
Como folha no moinho, voo de passarinho
E você vem pra cá pra eu te agasalhar com meus braços
pra eu te proteger do frio e te aliviar do cansaço
pra dizer sim pro que te ofereço
Vem pra cá
Vem pra cá
Porque a aqui o céu tá limpo
Aqui vai ser você e eu como a muito ja deveria ter sido

Vem pra cá

Mal sinal
hoje não tem estrelas no céu
Pra eu poder contar meus segredos, meus planos
E desabafar e dizer que te amo
que te amo
Por que você não pode aceitar um elogio meu?
Um elogio meu
Um elogio meu
Vem pra cá e chega de besteira, essa paranóia
E viver os segundos que temos
o futuro que teremos
e as promessas que ainda nem prometemos....

domingo, 29 de maio de 2011

Até Lógo Mais...

Eu quero guardar o seu beijo na concha das mãos
Pra quando eu correr pra casa ter a saudade pra beijar
E padecer da ansiosidade do próximo até breve
tão breve que passa, que voa que foge...

E no frio do edredon no quarto a meia luz
ouço as notas da viola mendigando um sorriso teu
uma palavra sem graça, encabulada
ou só um olhar que se perde olhando o meu

quando penso em garoas nos telhados
frios nas madrugadas
fresta na janela, porta aberta, sinal fechado
Cara amassada, fome, tv ligada
olho no olho, boca-a-boca, coração apertado
astrologia, terapia, agonia que não passa
vento que sopra, sussura saudade sem vestígios
deixa sempre um por do sol de filme ou de um livro

Eu vou acalmar tua alma
me acalmar na tua calma e te fazer um carinho
o sinto que se prende sozinho
não finge a falta, saudade de olhar a noite inteira

Mas na verdade é besteira, bobeira
o bom é quando se encosta, se roça e gosta
pede pra ficar um pouquinho mais
e quando é o silencio que fala, e engasga
a vontade que não passa
até uma proxima vez....até lógo mais

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COMPOSIÇÃO
Letra e Musica: Ivan Furlanetto
Inspiração: Martha Lins Michelino (Baby I love your way)

terça-feira, 17 de maio de 2011

A busca que nunca céssa

Qual é o sentido de seguir sem fé???
A busca intensa de se procurar o que não se tem sem ao menos saber se é bom ou ruim as vezes tira o foco do que realmente faz sentido.
Tem horas que buscamos tanto por esse bichinho chamado amor que deixamos de lado o que realmente é o amor.
Buscamos amar um corpo e não um coração.
Fumando meu cigarro aqui quietinho decidindo se vou dormir ou não comecei a pensar nesse sentido sem sentido algum da vida...
De que vale aqueles velhos retratos, pessoas sorrindo e vc nem se lembra mais o motivo..ainda em preto em branco ou com manchas de envelhecido? Lembrar desses velhos fatos faz lagrimas escorrerem pelo rosto quente e abatido de tanto viver.
Sim meu bem, vc era muito feliz quando ficava gritando palavras indecifraveis no colo de seus pais....e pq hj não sente mais essa felicidade??? pq hj há tanto receio em mostrar o que sente e esconder o que se realmente é por tras de pinturas em sua face???
A felicidade e o amor estão sempre ao nosso lado e vivemos sempre tão insatisfeito...pq devemos querer mais do que um café da manhã mau humorado ao lado de quem realmente se importa com a gente? ou um abraço espontaneo sem motivo ou um amigo ébrio dizendo que te ama? Afinal, estamos buscando o que? e quando encontrarmos será que essa insatisfação vai acabar ou novas buscas acontecerão e novamente a felicidade está longe de se ter nas mãos?
Eu sei que a resposta é sim!
Então pq tanto desvalor com o que se já tem?
O prazer está na forma e na intensidade que nossa tímida espontaneidade permite apresentar....deixa sair....se exponha...os ricos são altos e o unico preço a pagar é a decepção...mas isso não é surpresa em tua vida...será que ao invés da vida estar te decepcionando não é vc quem está decepcionando a vida???

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Cor

Do que vale tantos fatos retratados em preto e branco?
Se a angustia é bem mais do que não saber o que se tem
Mas a maior dor é de não viver o que se quer
ou querer viver o que não se pode ter

Tanto tempo te esperando
Esperando cores pro meu amor
Mas que cor você tem pra mim?
Que cor?

Tandos dias sonhando
Sentindo frio sem teu calor
Esse calor que não teve fim
Nem inicio pra mim

Tanto clichê pra que se a verdade é passageira
E nem se sabe se ela existe ou é só coragem da falta do que fazer
Devolverei as estrelas que roubei só pra te entregar
Mas a verdade é clara como lua cheia
Essa é a falta que tenho de te ter aqui
Mesmo que isso nunca tenha acontecido
Só sei do calor da tua voz
Quero te conhecer um dia
Amor....


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Composição:
Letra e Musica: Ivan Furlanetto

Doce dissabor

Quem sabe um dia a hora pare quando eu estiver com você
só eu, você e a solidão do mundo
onde só as àrvores balancem com o vento
onde o tempo não seja mais do que isso

e as folhas são as delicadas lembranças
o sorriso necessário, com o café sempre fresco
o sabor que não se sente...mas presente
das saudades que ainda não aconteceram

não somos mais gotas de luz na imencidão da cama
e os segredos, desejos revelados desalinhados no dissabor do tempo
e passou como um sol que adormece frio
disse adeus como as águas de um rio
e levantou sem um bom dia descabelado
e foi-se embora com os olhos fechados

é tanta pressa por tão pouco
tanta fome sem calor,
e um final esquecido, ao relento desprezado
como um passado sem valor
são dias em preto e branco
nas folhas rasuras de hortelã
torna aflita uma gueixa suburbana
na esquina chorando por seu amor


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Composição:
Letra: Ivan Furlanetto e Aline Rocha
Musica: Ivan Andrade

quinta-feira, 31 de março de 2011

CENSURA

Censura???
Sim, a censura existe onde menos a gente imagina!
Sempre paguei um preço muito caro por expor o que penso e não ter paciência nenhuma para hipocrisia.
Sempre assumo minha posição independente de suas consequências, sendo elas positivas ou negativas.
Hoje, dia 31 de março de 2011 fui censurado pela segunda vez por uma empresa de comunicação por ter publicado em meu facebook a minha opinião de um fato polêmico que tem ocorrido na cidade de Brotas. A hipocrisia com a qual foi tratado o fato me surpreende, pois a minha posição é a mesma do acusador que expõe diariamente com fatos, falas, gestos e de todas as outras formas de publicar uma mensagem! mas na hora do "vamos ver" nega como um covarde.
Você já ouviu o ditado "A CORDA ESTOURA SEMPRE DO LADO MAIS FRACO"??? foi o que ocorreu. Só que felizmente sei da força de minhas palavras e isso não vai interferir, muito menos me oprimir.
A censura em minha vida não tem vez. De uma forma ou de outra minhas idéias serão expostas quer gostem ou não!
Consideração, respeito, agradecimento, companheirismo...é tudo que não vou levar dessa incrivel experiência que vivi nesses ultimos anos de servidor!!!
Acho que tenho o péssimo habito de teimar e ter a boca muito aberta!!!  agora sim tenho motivos pra falar!

quarta-feira, 23 de março de 2011

MAIS UMA BALADA

O que mais importa do que essa verdade que entorpece
Cada gesto seu embriagante que me ofusca a realidade
E quem mais sabe depois de tantas idas e vindas?
E quem se importa se a escolha certa é a melhor escolhida?

Penso nas estrelas que brilham entre as nuvens
Hora sim, hora não
Penso no cheiro das tuas cores estonteantes
A realidade com hora marcada sem chegada nessa canção

Essa balada blues que mais parece o bálsamo de um bolero
Que no apse cortez a elegancia se "impudera"
Com minha cara que mesmo lavada continua cuspida e escarrada
Quer estar do teu lado ao ver a luz do dia pela fresta da janela

Mas meu coração é simples e careta
que só pede um pouco mais do que só tua atenção
Quer que o tempo se lasque em tua mania de horas
Quer viver o tempo agora e sem demora

Quer viver o mundo com você, sem você que o mundo se dane
Não quer saber de etiqueta, bandeira ou religião
Quer ouvir o cantarolar de tua voz desafinada
E num prazer mais que egoísta quer só pra ti seu coração.

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Inventei uma palavrinha ai...licensa poetica
"Impudera"= sem pudor

Mais uma pra minha preta....

segunda-feira, 21 de março de 2011

EU TO À BESSA

Eu tô à bessa, eu tô à bessa
Eu tô à bessa, eu tô que tô
Eu tô à bessa, eu tô sem pressa
Eu posso ir a onde você for

Eu já cai nas peças da vida
Nas armadilhas do coração
Um dia o improvavel acontece
Você chegou sem pedir permissão

Você têm olhos de lua cheia
Em noites frias de Santa Cruz
Nem Caetano nem beltrano poderiam explicar
O sentido desorientado de tua beleza

Talvez eu te encontre nas belezas de Londres
Ou nas jogatinas de Los Angeles
Num congresso na America Latina
Ou lutando pelo povo em Brasília
Talvez Iraque, Moçambique ou Bahia
Salvador daqui ou Dali
No Nordeste brasileiro a beleza
E a pobreza que sem poem a mesa
Caricato, abstrato em tua trilha
De cara limpa luta sem cessar
E pense bem, eu penso bem, pense bem
No cólo da tua mãe faz seu papel de filha
Família...família.

Mas nada me importa mais
Do que esse coração aflito sem paz

Deixa eu cuidar de você
Enquanto cuida do mundo
Deixa eu olhar por você
Enquanto você olha por todo mundo

Deixa eu produzir a tua trilha
Ser teu tema, tua inspiração
Teu desejo, tua Bossa Nova
Ou um velho Samba-Canção
Deixa eu tirar o teu sono
Te ofegar com poesias e sexo
Massagear teu ego com palavras
Te dar um mundo sem aflição.

Amor...
Deixa eu te dar amo...
Amor...
Deixa eu te dar amor...




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COMPOSIÇÃO: Ivan Furlanetto
INSPIRAÇÃO: Mariellen Bueno

Composta dia 20 de março de 2011

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

DE QUE ME VALE?

Que não nos cesse o risco uma só dose embriagante de euforia
eu quero mesmo é beber aquele dia em que sentada na mesa do bar,
vc me dizia que eu andava em qualquer lugar e podia ver e beijar o céu , a loucura a beira mar "

A idéia banal dos doces tragos, apoiada por uma breve desculpa, logo esquecida
minha memória aproveitadamente curta, não me deixou esquecer daquele olhar,
quanta intenção e eu vivia presa, à seca , à sede daquele luar

Eu achava tudo tão ridículo, as meninas dos belos vestidos
com teus papos rotineiros sobre o bofe
e eu juro ... só quero mais um porre e me sentir longe pobre de toda essa hipocrisia

E me lembrar do que minha avó me dizia
eu que a achava tão das antigas, hoje a minha testa cuspida, a velha tava certa
a vida passa e a gente acorda as vezes na hora errada
em meia estrada, eu não vou deixar de caminhar
meus ouvidos à tua critica, e tua conta rica, não vai me fazer parar
loucura é me desviar de todo esse lirismo AMAR
me matar na falta de coragem, absurdamente covarde
sem me valer agora cada gole , lembrar das vindas e vidas de que me vale ?

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COMPOSIÇÃO: Ivan Furlanetto e Lara Mershbacher
INSPIRAÇÃO: Sintonia

Essa sim consegue me arrancar lagrimas de saudades....
Afirmo sem medo de dizer que a Lara foi, é e sempre será o maior amor da minha vida!!!!

Sabe lá Deus onde vc está agora!!!

REFLEXO DO ESPELHO

Já quis te odiar por uma noite
Quis anotar todos os defeitos
Numa folha velha e suja jogada ao chão
E fazer um disfarce para todos os seus defeitos

Fazendo isso pude ver
Que olhar pra você é como se eu olhasse pra mim
Nós dois temos os mesmos defeitos
Mas já nem sei porque me sinto assim

Acho melhor voltarmos pra casa
Deixando o silencio nos dominar
Mas caso você mude de idéia
Nos leve pra qualquer lugar...qualquer lugar

É fato tudo pode acontecer
É só olhar cada traço traçado por nós
Mas você sempre voa mais longe
Mas nunca me deixa só

A esfinge na esfera de teus olhos
São sempre mais simples de entender
E quando anoitece tua alma
Só uma coisa a fazer...

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COMPOSIÇÃO: Ivan Furlanetto
INSPIRAÇÃO: Aline Rocha

Essa é bem antiga....
O tempo passa e as idéias mudam...

Presente

Ao que se faz que tanto paga
Se o apego é do sufoco do querer
Entrelinhas, entre bares
Saias rodadas que sua mãe fez

A vontade da surpresa
Se perde no conformismo do não
A distancia faz doer
Mas não faz perder a emoção

Tantas pessoas mas cadê?
Tão vazio quanto a solidão
Veneno de interior que alucina
Tão longe e tomado o coração

Entre um gole e outro o dia parece clarear
Acho que é só tempo passando e deixando o desespero
Cadê você? Que tanto me domina
O que eu tanto queria, agora caiu o preço

Já posso ouvir os sinos da igreja
Que não me deixam me perder no tempo
Já com os olhos embaçados não sei quem vem
Caminhando entre as pessoas quem vem lá?

Quem vem chegando dando paz a solidão
Sim, é ele de tão longe trazendo ar
Pegando meu corpo como um assassino
Enchendo meus olhos lagrimas

Oh meu bem tu chegaste?
Com este abraço pude perceber, e olhava
Quem desespero de te ter
É o sonho que eu tanto sonhava

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COMPOSIÇÃO: Ivan Furlanetto
INSPIRAÇÃO: Ana Célia Berto (Cecéh)

A maior musa inspiradora que já tive em todos esses anos.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

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E assim se encerra mais uma etapa.
Agora é intensa a buscar por prazeres solitários, pois se vê só, e percebe que dessa vez é sério.
Não sabe como chegou a essa situação lamentável, faz suposições. Na verdade finge não saber.
O relógio toca o despertando do único prazer de viver. São 6 da manhã, percebe que é muito cedo para um suicídio. Se levanta, vai até o banheiro e olha sua cara amassada no espelho, sujo de respingos de pasta de dente, e procura alguém que há anos não consegue enxergar.
Após escovar os dentes vai até a geladeira e coloca a caixa de leite sobre a mesa, vai até o quintal e fuma um cigarro. Enquanto fuma fica pensando no que pensar, buscando o entendimento daquela dependência por tanta dependência pra ser feliz, e percebe que é só pra aliviar. Volta para a cozinha, coloca de volta a caixa de leite na geladeira sem ao menos ter tomado um gole se quer e sai rumo ao tedioso trabalho.
Enquanto caminha entre as avenidas, vê uma mulher bem jovem, talvez tenha uns 25 anos, que se aproxima agressivamente. Assustado se afasta, pensa em perguntar no que seria útil, mas não se sentia importar com aquela situação e percebe que apesar da gentileza sua voz não saiu. A mulher desesperada chora intensamente sentada ao chão com olhar de suplica. Ele atravessa a rua entre os carros parados no farol sem se importar com a jovem.
Sem sentir prazer nessa coisa que delicadamente chama de “vida do caralho”, pouco se importa em olhar para os lados, só faz o que tem que fazer sem ao menos prestar atenção. E vai vivendo assim.
No final do expediente resolve voltar pra casa sem passar no religioso boteco que tomava uma dose de vodka todos os dias. Quando chega próximo ao farol percebe que a jovem continua sentada no mesmo lugar. Mas agora já está seca, não chora mais. Ao se aproximar a vê se levantar e olhar nos seus olhos, como se o culpasse por alguma coisa. Ela se vira e caminha sobre a avenida em pleno movimento e é atropelada. Ele se aproxima da acidentada com a trilha das buzinas dos carros e percebe ser a mulher que até ontem declamava amor. Acende um cigarro, da um trago e toma o seu caminho de volta a casa.

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TODA LINDA

Quanto é doce esse veneno
Que eu já não sei dizer se é bom ou ruim

É um ter e não ter
É já pensar, e querer
Teu corpo moreno abafado
Todo pra mim

Pode aparecer que eu não mordo
Se você não quiser
Mas se quiser
Só se for pra ser feliz

É bom brincar de esconder
Quando se está perto
E quando o sol repousar
Você aparece pra mim

Toda linda
Com seus cachos de acácias
Que me faz delirar
Que me faz perceber
Que a vida é tão difícil longe de você

Toda linda
Com suas formas de ser
E caminha na fé
Sabe ser o que é
E nem se importa com o que vão dizer.

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Essa canção é muito especial pra mim. Fiz pra uma grande amiga que se encontra muito distante.
Composta no dia 13 de fevereiro de 2011. Música e  Letra.



domingo, 13 de fevereiro de 2011

TEMPO PERDIDO

São cinzas e cigarros pelo chão
São certezas das incertezas mais inconvenientes
São gritos, talvez berros inconscientes
São folhas secas no colchão

São horas que passam e tempo que para
São lagrimas secas e quentes
São calores vulgarizados
Gemidos desgarrados de paixão

São goles de prazeres alcoolizados
São gozos descontentes, desalinhados
São vidas e vidas em minhas mãos
E afinal o que há de errado?

Talvez as rosas nunca estiveram vermelhas
As borboletas talvez nunca tenham voado
Os corações nunca estiveram ligados
E os lábios frios em vibração

Talvez o silencio nunca tenha prevalecido
E as palavras foram sempre ouvidas
E o segredo nunca foi revelado
E o amor assim nunca existido

São pessoas que vêem o que não existe
São horas de sono perdidas
São as guerras de dia sorrindo
Tambores rufando sem chão

São letras riscadas sem vida
São dias e dias sonhando
São folhas guardadas sem importância
Seria isso tudo tempo perdido?


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LETRA: Ivan Furlanetto
Musica: Ivan Andrade

Lógo posto o video da canção...

ABRACE COM PAIXÃO

 Primeira postagem.

13/02/2011

Primeira sim, apesar do blog já ter vida há alguns anos.
Mas vamos ao que interessa.

Acho que não deve haver nada mais prazeroso do que iniciar a manhã de um domingo no trabalho tendo a oportunidade de ver a realização de um projeto de ação social, envolvendo grandes artistas em prol de ajudar as pessoas que sofreram e ainda sofrem com as conseqüências geradas pelas intensas chuvas no Rio de Janeiro ("...o Rio de Janeiro continua lindo..."), Minas Gerais e Santa Catarina.
O ponto de partida foi uma canção composta por TOM ZIGNAL "Leito da Esperança", que acabou se transformando numa grande corrente do bem, unindo grandes nomes da música brasileira e atores.
O projeto foi nomeado "ABRACE COM PAIXÃO". O título associa a idéia de ser mais do que uma causa para arrecadar donativos, essa causa vai além do abstrato. É uma forma de doar esperança e carinho aos nossos irmãos.

Músicos e atores participaram dessa campanha sem cobrarem cachê, somando grandes nomes da mídia fazendo que essa campanha esteja (como está! :p) ganhando muita força e obtendo uma grande repercussão.

Você também pode ajudar...ABRACE COM PAIXÃO.

"...ajudar o próximo é ajudar a si mesmo..."

INFORMAÇÕES
Site: www.zignalmusic.com.br/abracecompaixao
Twitter: @abracecompaixao

Música: Leito da Esperança
Compositor: Tom Zignal
Direção de vídeo: Rafael Almeida
Produção Musical: Alan Pinho e Diogo Mutti - Refinaria Estúdios -
Artistas Convidados: Tico Santa Cruz, Tânia Mara, Wilson Sideral, Digão, Marcus Menna, Rude Rodrigues, Mauricio Barbosa.



PARTICIPE DESSA CAMPANHA