domingo, 29 de maio de 2011

Até Lógo Mais...

Eu quero guardar o seu beijo na concha das mãos
Pra quando eu correr pra casa ter a saudade pra beijar
E padecer da ansiosidade do próximo até breve
tão breve que passa, que voa que foge...

E no frio do edredon no quarto a meia luz
ouço as notas da viola mendigando um sorriso teu
uma palavra sem graça, encabulada
ou só um olhar que se perde olhando o meu

quando penso em garoas nos telhados
frios nas madrugadas
fresta na janela, porta aberta, sinal fechado
Cara amassada, fome, tv ligada
olho no olho, boca-a-boca, coração apertado
astrologia, terapia, agonia que não passa
vento que sopra, sussura saudade sem vestígios
deixa sempre um por do sol de filme ou de um livro

Eu vou acalmar tua alma
me acalmar na tua calma e te fazer um carinho
o sinto que se prende sozinho
não finge a falta, saudade de olhar a noite inteira

Mas na verdade é besteira, bobeira
o bom é quando se encosta, se roça e gosta
pede pra ficar um pouquinho mais
e quando é o silencio que fala, e engasga
a vontade que não passa
até uma proxima vez....até lógo mais

********************************************

COMPOSIÇÃO
Letra e Musica: Ivan Furlanetto
Inspiração: Martha Lins Michelino (Baby I love your way)

terça-feira, 17 de maio de 2011

A busca que nunca céssa

Qual é o sentido de seguir sem fé???
A busca intensa de se procurar o que não se tem sem ao menos saber se é bom ou ruim as vezes tira o foco do que realmente faz sentido.
Tem horas que buscamos tanto por esse bichinho chamado amor que deixamos de lado o que realmente é o amor.
Buscamos amar um corpo e não um coração.
Fumando meu cigarro aqui quietinho decidindo se vou dormir ou não comecei a pensar nesse sentido sem sentido algum da vida...
De que vale aqueles velhos retratos, pessoas sorrindo e vc nem se lembra mais o motivo..ainda em preto em branco ou com manchas de envelhecido? Lembrar desses velhos fatos faz lagrimas escorrerem pelo rosto quente e abatido de tanto viver.
Sim meu bem, vc era muito feliz quando ficava gritando palavras indecifraveis no colo de seus pais....e pq hj não sente mais essa felicidade??? pq hj há tanto receio em mostrar o que sente e esconder o que se realmente é por tras de pinturas em sua face???
A felicidade e o amor estão sempre ao nosso lado e vivemos sempre tão insatisfeito...pq devemos querer mais do que um café da manhã mau humorado ao lado de quem realmente se importa com a gente? ou um abraço espontaneo sem motivo ou um amigo ébrio dizendo que te ama? Afinal, estamos buscando o que? e quando encontrarmos será que essa insatisfação vai acabar ou novas buscas acontecerão e novamente a felicidade está longe de se ter nas mãos?
Eu sei que a resposta é sim!
Então pq tanto desvalor com o que se já tem?
O prazer está na forma e na intensidade que nossa tímida espontaneidade permite apresentar....deixa sair....se exponha...os ricos são altos e o unico preço a pagar é a decepção...mas isso não é surpresa em tua vida...será que ao invés da vida estar te decepcionando não é vc quem está decepcionando a vida???

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Cor

Do que vale tantos fatos retratados em preto e branco?
Se a angustia é bem mais do que não saber o que se tem
Mas a maior dor é de não viver o que se quer
ou querer viver o que não se pode ter

Tanto tempo te esperando
Esperando cores pro meu amor
Mas que cor você tem pra mim?
Que cor?

Tandos dias sonhando
Sentindo frio sem teu calor
Esse calor que não teve fim
Nem inicio pra mim

Tanto clichê pra que se a verdade é passageira
E nem se sabe se ela existe ou é só coragem da falta do que fazer
Devolverei as estrelas que roubei só pra te entregar
Mas a verdade é clara como lua cheia
Essa é a falta que tenho de te ter aqui
Mesmo que isso nunca tenha acontecido
Só sei do calor da tua voz
Quero te conhecer um dia
Amor....


*******************************************************************

Composição:
Letra e Musica: Ivan Furlanetto

Doce dissabor

Quem sabe um dia a hora pare quando eu estiver com você
só eu, você e a solidão do mundo
onde só as àrvores balancem com o vento
onde o tempo não seja mais do que isso

e as folhas são as delicadas lembranças
o sorriso necessário, com o café sempre fresco
o sabor que não se sente...mas presente
das saudades que ainda não aconteceram

não somos mais gotas de luz na imencidão da cama
e os segredos, desejos revelados desalinhados no dissabor do tempo
e passou como um sol que adormece frio
disse adeus como as águas de um rio
e levantou sem um bom dia descabelado
e foi-se embora com os olhos fechados

é tanta pressa por tão pouco
tanta fome sem calor,
e um final esquecido, ao relento desprezado
como um passado sem valor
são dias em preto e branco
nas folhas rasuras de hortelã
torna aflita uma gueixa suburbana
na esquina chorando por seu amor


******************************************************

Composição:
Letra: Ivan Furlanetto e Aline Rocha
Musica: Ivan Andrade